sexta-feira, 4 de setembro de 2009

La rentrée

A vida vai entrando numa rotina. Nesta semana começamos a trabalhar no escritório e ontem a Lina estreou na escola, mas ficou só um pouquinho, das 10h às 11h20. Hoje já começou na hora certa, entrou às 8h20 (e não pode atrasar...).

Estávamos nós duas muito ansiosos para "La Rentrée", a volta às aulas, que é um grande evento por aqui. Estou contente que ela está super corajosa para enfrentar a escola nova, a nova língua e tantas outras novidades. Debaixo de chuva, lá foi ela hoje outra vez para a escola toda animada e se despediu de mim de novo sem hesitar. Na école maternelle, os pais levam as crianças até a classe e ficam brincando com eles uns 10 minutos antes de partirem. Alguns caem na choradeira, mas a Lina estava super interessada no mundo de brinquedos e atrações na sala e se despediu de mim numa boa.

"La rentrée" da Lina

A "sala de aula" é bem grande, dividida em vários cantinhos mobilados: "coin cuisine" (fogão, pia, mesa, comidinhas de brinquedo etc), "coin chambre" (cama e trocador de boneca), "coin bibliotèque" (livros), "coin jeux" (brinquedos e instrumentos diversos) e várias mesinhas para desenhar e pintar.

Rodinha da Professora
"Coin Jeux"
"Coin Chambre"
"Coin Cuisine"
"Coin Bibliothèque"

É um verdeiro parquinho de diversões pra ela, que hoje nem queria ir embora na saída antes do almoço, às 11h20. Acho que na semana que vem já dá para deixá-la mais tempo, para almoçar na cantina e fazer a soneca no "dortoir" ao lado da sala, com fileiras de caminhas de campanha bem arrumadinhas com lençol e cobertor.

Dormitório

A saída da tarde pode ser as 16h30 ou, se ela ficar para o "gouter", entre 17h30 e 18h30. Minha mãe está aqui até o final do mês, e fica com ela durante o dia, o que ajuda muito. Mais para frente vou procurar uma baby sitter brasileira para buscá-la e ficar com ela em casa até eu voltar do trabalho, como faz a maioria das famílias parisienses cujos pais trabalham como eu.

O que achei muito curioso aqui é que o "dou-dou" é uma verdadeira instituição: todas as crianças têm o seu. Quando chegam na classe, deixam todos eles juntos numa grande cesta no dormitório, o "panier dou dou".



Uma vez vi uns dudus para vender com um selo "garantia de reposição por X anos". E, para comprovar essa história, passei na frente da loja da marca do dudu que comprei para o Daniel da Ana em outubro de 2007, e lembrei que ela queria um backup. Não tinha um igual em exposição, mas expliquei o caso para a vendedora e ela prontamente abriu uma gaveta com um igualzinho ao dele. Ou seja, eles mantêm mesmo o estoque, para, imagino eu, não deixar as crianças (e suas famílias) desguarnecidas. Afinal, nem sempre da para costurar um igualzinho como o da Lina...

Aliás, hoje à tarde, depois da escola, ela começou a resolver seu problema de comunicação com o próprio Dudu. Inventou uma língua para falar com ele, tipo "bl bli dubdum midu", ao que o fiel companheiro respondia, servilmente, "oui, oui".

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